XII- Rosa sem espinhos
Para todos
tens carinhos,
A ninguém mostras rigor!
Que rosa és tu sem espinhos?
Ai, que não te entendo, flor!
Se a borboleta vaidosa
A desdém te vai beijar,
O mais que lhe fazes, rosa,
É sorrir e é corar.
E quando a sonsa da abelha,
Tão modesta em seu zumbir,
Te diz: «Ó rosa vermelha,
Bem me podes acudir:
Deixa do cálix divino
Uma gota só libar...
Deixa, é néctar peregrino,
Mel que eu não sei fabricar ...»
Tu de lástima rendida,
De maldita compaixão,
Tu à súplica atrevida
Sabes tu dizer que não?
Tanta lástima e carinhos,
Tanto dó, nenhum rigor!
És rosa e não tens espinhos!
Ai! que não te entendo, flor.
A ninguém mostras rigor!
Que rosa és tu sem espinhos?
Ai, que não te entendo, flor!
Se a borboleta vaidosa
A desdém te vai beijar,
O mais que lhe fazes, rosa,
É sorrir e é corar.
E quando a sonsa da abelha,
Tão modesta em seu zumbir,
Te diz: «Ó rosa vermelha,
Bem me podes acudir:
Deixa do cálix divino
Uma gota só libar...
Deixa, é néctar peregrino,
Mel que eu não sei fabricar ...»
Tu de lástima rendida,
De maldita compaixão,
Tu à súplica atrevida
Sabes tu dizer que não?
Tanta lástima e carinhos,
Tanto dó, nenhum rigor!
És rosa e não tens espinhos!
Ai! que não te entendo, flor.
Uma das possíveis interpretações é que com a figura de linguagem a
trocar “flor” por moça/mulher e borboleta e abelha por homens (prosopopeia); há
um elogio à rosa, pois ela é apenas carinhosa, apaixonante, atrativa. Todas as
estrofes apresentam quatro versos (quarteto) e rima toante (ABABAB).
Olá , muito boa noite! Será que podiam postar uma análise deste poema ? Muito obrigada!
ResponderExcluir